A obra da Ponte de Guaratuba, no litoral do Paraná, que já chegou a 22,6% de execução, representa um marco na geração de emprego e renda na região. Isso porque até o momento 415 pessoas já foram contratadas para trabalhar na obra, entre equipes administrativas e construtivas.
Do começo de julho, quando o efetivo era de 296 trabalhadores, a mão de obra na estrutura já aumentou 40,2%. A previsão é de que até o fim do ano 600 pessoas estejam trabalhando na obra de forma direta ou indireta. No mês de setembro, foram 27 novos contratados. Já em outubro, são 134 vagas de trabalho abertas.
A construção da Ponte de Guaratuba, um sonho aguardado há décadas pelos paranaenses, também é propulsora de oportunidades para quem trabalha no local. Para que a estrutura tão esperada na cidade de Guaratuba seja consolidada, são necessárias diferentes mãos, talentos e profissões.
São homens e mulheres que, vindos de perto ou longe, formam o “coração” de um trabalho que requer união de esforços. Entre as profissões estão engenheiros, biólogos, marinheiros, oceanógrafos, soldadores, pedreiros, entre tantos outros, que executam suas funções diariamente.
Um dos trabalhadores da obra é o venezuelano Ricardo Antonio, que está há seis anos no Brasil. Ele conta sua trajetória de trabalho. “Estou trabalhando há oito meses aqui na obra de Guaratuba. Sou armador de ferro e aqui na obra fui muito bem recebido. Fazer parte dessa obra é fazer parte da história de toda a região. O avanço da infraestrutura faz crescer a economia de todo estado. A obra faz crescer a oportunidade de emprego”, enfatiza.
Natanael Santos Pacheco, de 31 anos, veio do Maranhão para atuar na construção da ponte. “Vim pra cá em abril desse ano, meu trabalho é mexer com ferragem, armação da obra tanto em terra como na parte marítima. É gratificante fazer parte de grandes projetos, e no caso da Ponte de Guaratuba sabemos que os paranaenses já aguardam a obra há muito tempo”, destaca.
Presença feminina
A engenheira civil de supervisão da obra Melina Mota e Castro, de 29 anos, veio de Goiás para trabalhar no empreendimento. Ela atua em Guaratuba desde a fase inicial de desenvolvimento de projeto, em julho de 2023. Melina relata a satisfação em contribuir para uma obra de grande importância ao Paraná.
“Vim de outro estado e foi possível ter dimensão da obra quando cheguei no Paraná. A maioria das pessoas que eu tive contato demonstravam conhecimento e sua importância para a região litorânea e para o estado. Para mim, quando decidi aceitar a oportunidade, já era uma obra de engenharia com muita técnica. Quando vi a dimensão da obra para o estado me senti muito feliz e orgulhosa em fazer parte desse projeto”, ressalta a engenheira civil.
Camila Santos da Silva, de 37 anos, que trabalha como maçariqueira, veio da Bahia e trabalha no canteiro de obras há três meses. “A gente trabalha com corte de metal de chapa. É uma satisfação trabalhar aqui na construção. Muita gente espera essa obra”, afirma.
Carliane Pereira da Cruz é soldadora e mora em Guaratuba há 16 anos, mas foi contratada para trabalhar na construção da ponte há quatro meses. “Minha função é da construção civil, sou soldadora, faço soldagem de peças, tudo que é preciso na área de soldar ferragens”, explica. Ela acredita também que a obra, tão importante para os paranaenses, mudou a sua vida através da oportunidade de emprego.
De acordo com a engenheira do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) Larissa Vieira a construção da ponte de Guaratuba representa um marco em diferentes setores. “A Ponte de Guaratuba, desde a sua construção, já impacta de forma positiva a infraestrutura, economia, geração de emprego e desenvolvimento para a região do litoral do Paraná. E os paranaenses já podem presenciar essa transformação”, afirma.